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REMÉDIO PODE IMPEDIR ENXAQUECA ANTES QUE DOR COMECE, DIZ ESTUDO

Um remédio chamado ubrogepant pode ser eficaz para impedir a enxaqueca antes que a dor de cabeça comece de fato, reduzindo ou eliminando os sintomas e ajudando os pacientes a seguirem com suas atividades diárias. A descoberta é de novo estudo da Academia Americana de Neurologia. O ubrogepant é um medicamento inibidor de CGRP, uma proteína que desempenha um papel importante no processo de enxaqueca. O trabalho teve como foco pessoas com enxaqueca que conseguem distinguir os primeiros sinais de uma crise, como sensibilidade à luz e ao som, dor ou rigidez no pescoço, tontura ou fadiga.

Imagem: Shutterstock

O estudo envolveu 518 participantes que tiveram enxaqueca por, pelo menos, um ano e tiveram de duas a oito crises de dor por mês, durante um período de três meses que antecederam o estudo. Todos eles tiveram sinais de que uma enxaqueca começaria nas próximas horas antes de terem, de fato, uma crise. Os pesquisadores solicitaram aos participantes que tratassem duas crises de enxaqueca em um período de dois meses. Para isso, eles os dividiram em dois grupos: um que recebeu placebo para a primeira crise e 100 mg de ubrogepant para a segunda; e outro que tomou o remédio para a primeira crise e placebo para a segunda.

Enquanto estavam sob tratamento, os participantes avaliaram como a enxaqueca impactava suas atividades diárias por meio de uma escala que variava de zero (sem nenhum impacto) até cinco (impacto extremo). Nas 24 horas após o uso do medicamento ou placebo, 65% das pessoas que tomaram ubrogepant relataram nenhum ou “pouco impacto” causado pela dor de cabeça. Em comparação, 48% que tomaram placebo fizeram a mesma avaliação.

Além disso, os pesquisadores descobriram que, duas horas após a medicação, as pessoas que tomaram o medicamento tinham 73% mais chances de relatar que não tinham “nenhuma limitação, e eram capazes de continuar normalmente com as atividades diárias” do que aquelas que tomaram o placebo. Segundo os autores, as descobertas se aplicam às pessoas com enxaqueca que possuem sinais de alerta confiáveis para crises e que conseguem identificar esses sinais. Mais estudos ainda são necessários para validar as descobertas. O estudo foi publicado na revista médica internacional ‘Neurologia’.

 

Fonte: CNN Brasil

Adaptação: Gabriela Rodrigues

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