A ocitocina (conhecida como “hormônio do amor“) pode ser uma opção de tratamento para aliviar os sintomas associados à depressão pós-parto, ansiedade e obesidade, de acordo com um novo estudo. A descoberta foi feita após cientistas identificarem um gene envolvido na produção do hormônio que, quando ausente ou prejudicado, pode causar a doença, além de estar relacionado a problemas comportamentais e aumento de peso.
Imagem: Natalia Lebedinskaia/GettyImages
Ao analisar dois meninos de famílias diferentes com obesidade grave, ansiedade, autismo e problemas comportamentais desencadeados por sons ou cheiros, a equipe de pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e do Baylor College of Medicine, em Houston, nos Estados Unidos, descobriu que os meninos não tinham um gene chamado TRPC5, que fica no cromossomo X.
Ele faz parte de uma família de genes envolvidos na detecção de sinais sensoriais, como calor, paladar e tato, e atua em uma via na região do hipotálamo conhecida por controlar o apetite. Estudos posteriores revelaram, ainda, que os dois meninos herdaram a deleção genética de suas mães, que também não tinham o gene em um dos cromossomos X. Além disso, as mães tinham obesidade e também sofreram depressão pós-parto.
Após a realização de pesquisas em camundongos machos que foram geneticamente alterados para uma versão similar ao gene defeituoso, eles descobriram que os roedores apresentaram os mesmos problemas que os meninos, incluindo ganho de peso, ansiedade, aversão a interações sociais e comportamento agressivo. Já as camundongos fêmeas apresentaram os mesmos comportamentos das mães. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica internacional ‘Célula’.
Fonte: CNN Brasil
Adaptação: Gabriela Rodrigues
Comentarios