Os gastos do governo federal com presídios voltaram a crescer em 2023 e atingiram o maior valor dos últimos quatro anos, ultrapassando os 605 milhões de reais. Esse valor representa uma alta superior a 59% em relação a 2022, quando o Fundo Penitenciário Nacional recebeu quase 400 milhões de reais do governo, de acordo com dados do Portal da Transparência.
As penitenciárias federais começaram a ser construídas em 2006 durante a gestão de Marcio Thomaz Bastos no Ministério da Justiça, para viabilizar a estratégia de isolar os principais chefes de facções criminosas do país. O custo para construir uma prisão federal de segurança máxima no Brasil é de aproximadamente 40 milhões de reais.
Imagem: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Atualmente o Brasil possui cinco unidades como essa, que reúnem chefes dos maiores grupos criminosos do país, como, por exemplo, o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho. Uma unidade fica no Sul, em Catanduvas (no Paraná); duas no Centro-Oeste, em Campo Grande (Mato Grosso do Sul) e em Brasília (no Distrito Federal); uma no Nordeste, em Mossoró (Rio Grande do Norte); e uma na região Norte, em Porto Velho (Rondônia).
O Sudeste é a única região do país onde ainda não há uma penitenciária administrada pela União. O custo médio para manter um preso nessas unidades é de aproximadamente 50 mil por ano, ou seja, uma média de um pouco mais de quatro mil reais por mês - quase três salários mínimos. Nesses presídios são adotados períodos prolongados de isolamento.
Fonte: CNN Brasil
Adaptação: Gabriela Rodrigues
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