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“ELVIS”: APÓS DESBANCAR HARRY STYLES, AUSTIN BUTLER SURPREENDE EM FILME SOBRE CANTOR

Uma ópera de uma vida toda. É assim que se pode descrever a mais nova biografia de Elvis Presley, dirigida por Baz Luhrmann. Passando por todas as fases do artista, desde sua infância, o filme traz um aceno ao Oscar do ano que vem.

Em quais categorias? Melhor ator deve estar na lista. Afinal, um dos homens mais imitados do mundo ganhou mais uma versão, talvez a mais completa até aqui. Austin Butler desbancou artistas como Miles Teller, Ansel Ergot e Harry Styles e, com seu rebolado e canto afinado, conseguiu o papel do “Rei do Rock”. Foram mais de dois anos imerso na realidade de Elvis Presley: a voz engrossou, o sotaque do sul americano surgiu e agora Austin Butler inicia um novo passo na carreira, até então marcada em sua maioria por trabalhos em séries “teen”, como “Zoey 101” e “Icarly”.

Butler teve o apoio da ex-mulher de Elvis, Priscilla Presley, que funcionou como um arquivo vivo ao repassar as lembranças que tinha do comportamento, maneirismos e atitudes do ex-marido e cantor, Elvis Presley. Quem também usufruiu dessas memórias foi o diretor Baz Luhrmann. Realizador de filmes como “Moulin Rouge!” (em 2001) e “O Grande Gatsby” (em 2013), Luhrmann adora um bom musical, cortes frenéticos e uma direção de arte impecável.

Para “Elvis”, Austin Butler usou mais de 90 figurinos e todas as ambientações do filme estão de acordo com as características das mais de três décadas que o longa aborda. Incluindo as históricas: vemos caras conhecidas como B.B King, Little Richard e Big Mama Thornton (considerada a avó do Rock), e compositora de um dos sucessos do cantor, “Hound Dog”.

Imagem: Reuters

Baz Luhrmann mostra as raízes musicais de Elvis como 100% uma inspiração em cultos religiosos americanos, onde desenvolveu sua espiritualidade, mas o diretor também deixa claro que Elvis se encontrava em uma posição privilegiada diante dos cantores negros da época. Mesmo enfurecendo as autoridades das décadas de 1950 e 60 com o seu gingado, Elvis escapou. Tudo isso é mostrado em alta velocidade.

O ator Tom Hanks usou e abusou de maquiagem e próteses para viver o ex-agente de Elvis, “Colonel” Tom Parker, mas o resultado final ficou caricato, junto com um sotaque alemão de alguém que, claramente, não fala o idioma. Mesmo assim, o ator entrega o prometido. Saímos do filme com uma profunda raiva daquele empresário que, como Baz Luhrmann faz questão de enfatizar ao final do longa, sugou todo dinheiro e vontade de viver de Elvis Presley. Se foi realmente assim que aconteceu, o cantor não transparecia nada disso ao se apresentar, e Austin Butler entendeu o recado.

No filme, quando o ator pisa no palco com seu macacão azul, inaugurando a famosa residência em Las Vegas, vemos um Elvis ali. Não “o” Elvis, mas a essência dele, seus movimentos de dança e o cabelo que se desmancha ao longo da apresentação. O filme “Elvis” estreiou na última quinta-feira (dia 14) nos cinemas brasileiros e já está em terceiro lugar nas bilheterias nacionais, atrás apenas de Thor: amor e trovão e Minions 2.


Fonte: CNN Brasil

Adaptação: Gariela Rodrigues


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